domingo, 6 de dezembro de 2009

Châteaux de la Loire - 2º dia

Acordamos cedo pro 2º dia, tava um frio dos infernos, eu tava com fome e não tinha nada pra comer. Mas nada disso me importava. Sabe por quê? Porque agora era hora de ir pra Chambord e era minha vez de dirigir!!

Château de Chambord - http://www.chambord.org/


http://www.freewebs.com/fregeoliereengland/CHAMBORD.jpg

O maior palácio do vale do Loire, na verdade, nada mais é que um pavilhão de caça do rei. Era como a casa de praia de Francisco I. O indíviduo não passou mais que 7 semanas lá dentro e mandou construir o maior palácio da região, com tetos tão altos que eram impossíveis de aquecer e tornavam o lugar péssimo para se morar. Um dia eu entendo essas coisas. NÃO!! Não vou entender nunca, não faz o menor sentido que após a morte dele o lugar gigantesco e monstruoso tenha ficado abandonado por mais de 80 anos. Até que Luis XIV chega, reforma o castelo, faz obras, amplia, ainda com o intuito de utilizá-lo para recreação E O ABANDONA LOGO DEPOIS!!! Esse caras são loucos.
Eis que alguém resovle morar no castelo, o sogro de Luis XV, rei deposto da Polônia, o cara mais chutado de toda a europa GANHA o castelo de presente. ELE GANHOU CHAMBORD!!! ¬¬
Aí vem a Revolução Francesa, acaba com as mobílias, tetos, chão, painéis e deixa o castelinho abandonado e agora vazio e com frio. Frio não, eles queimaram as portas durante as vendas pra aquecer. E assim foi até que Napoleão resolve doar o castelo sem portas. Ele foi sendo doado até chegar a Carlos X, que tentou reformá-lo para morar, mas o descendente dos fiscais do imposto de renda, incendiários e chegados num italiano, infelizmente, foi exilado para....ah não, não me diga....para a Itália.
É por essas e outras que eu sou engenheiro. Bem, uma coisa interessante é que o quadro de Monalisa foi guardado no castelo de Chambord durante as Guerras Mundiais, juntos com outras relíquias. Uma pena, porque eu não gosto da Monalisa. Também não gosto de Beatles.

Coisas interessantes hoje em dia no castelo:
Escada bihelicoidal supostamente projetada por da Vinci
com refletor no teto, também projetado por da Vinci
Emos reais
Sapatos da duquesa com sangue do duque assassinado
Mão da justiça (isso estava escrito na placa ao lado)


Château de Villandry - http://www.chateauvillandry.com/

http://www.aujardin.info/img/img7/villandry-chateau-vue.jpg

Foi o último palácio construído às margens do Loire, em 1536. Não tem muita história interessante. Impressionante em Villandry são os jardins e as pessoas que acham que são produtoras de capas de cd de banda pop rock alternativo.

Saindo de Villandry vamos para Tours. Comer, tirar fotos, matar gente, brincar com a camera e dormir. Boa noite galera!!
(o bom é que meus links fazem todo o sentido)

sábado, 21 de novembro de 2009

Châteaux de la Loire - 1º dia

Bem, antes de começar o post (finalmente num teclado português =P) acho válido explicar que aqui nós não temos férias de inverno. Na verdade temos algumas semanas espalhadas por outubro, dezembro, fevereiro e abril. A primeira semana então foi no fim de outubro (eu só estou postando agora pra felicidade de quem queria que eu tomasse vergonha na cara e começasse a trabalhar de verdade na faculdade). São as férias de Tous-Saints (todos os santos), uma semana pra 7 pessoas alugarem um carro e saírem por aí visitando castelos pra todo lado. Esse programa, já meio famoso, chama-se Tour des Châteaux de la Loire (pra quem se lembra, Loire é o rio que corta Nantes), e lá fomos nós fazer o tão famigerado.

Tudo começa, como sempre, em casa. Saio eu de minha humilde morada com idéias modestas para o plano de viagem e pretendo pagar algo próximo de "não muito caro". Ao chegar na recepção percebi que havia um C4 Picasso semi-automático/manual com câmbio borboleta, computador de bordo que falava comigo, telefone, GPS, EPS, KPS (pra quem não sabe, eps - controle de estabilidade - e kps - produto de solubilidade), lâmpada no teto e, o que eu sempre quis ver, volante que não gira o meio.

Agora as coisas estavam começando a me interessar =D

Bem, vumintão aos castelos. Depois de 1h30 de estrada aproximadamente, chegamos ao primeiro:

Château de Chenoncaux
- http://www.chenonceau.com/media/gb/histoire_histo.php

http://verodance91.files.wordpress.com/2008/05/accueil.jpg

Tudo começou no séc.XI com um moinho e uma casa modesta (pros padrões da época) que pertencia à família Marques. No séc.XIII, Carlos VIII mandou incendiar as propriedades por questões políticas. No séc.XIV a construção é ampliada e se transforma num castelo-forte.

A primeira coisa que vimos foi o banheiro do castelo. Show! Na entrada pro castelo um caminho sensacional de árvores. POrra, muito lindo. Então, finalmente o tal do castelo. Que coisa absurda, uma construção maravilhosa. Torres bem altas (eu adoro torres, principalmente góticas - sim, eu já estudei história da arte), jardins imensos, água pra toda lado e história escorrendo pelas paredes [2] - tá, vou voltar a falar normalmente.
Nesse castelo não aconteceu nada de muito interessante historicamente. Então pegamos o carro e vamos ao próximo:

Amboise - http://www.chateau-amboise.com/

http://bouledogue37.wifeo.com/images/chateau-amboise.jpg

Este já é um castelo com mais história, vem da Idade Média, lá no ano 503, quando o rei da França se encontrou com o rei dos Visigodos, bem aqui. O castelo mesmo foi construído no séc.XI, por Fulque III e confiscado por Carlos VII, no séc.XV. Foi no castelo de Amboise que nasceu e morreu Carlos VIII (que tacou fogo no castelo de Chenonceau). Além de fiscal do imposto de renda e incendiário, Carlos VIII também era bem chegado num italiano. Chamou dois mestres de obra italianos para ampliar o castelo e fez jardins à moda italiana. Pra fechar a conta, aqui também trabalhou um velho senhor de 63 anos chamado Leonardo da Vinci, que está sepultado na capela do castelo.
Durante a Revolução Francesa a fortificação foi quase toda demolida. Grande parte do que sobrou contou a ajuda de Napoleão e suas investigações de engenharia para serem demolidas.

Logo na entrada, como sempre, a capela do castelo, a diferença dessa é que tem Leonardo da Vinci dentro. A vista do castelo para o Loire, além de estratégica é linda.

Por aqui é isso. Fim do dia chegando, castelos fechados, hora de ir pro hotel comer, jogar PES10 e dormir.
Não me lembro exatamente em que ponto da viagem foi isso, mas foi no primeiro dia. Enfim, Kevin, um cara que não sabe o que fala e não conhece nada de música brasileira afirmou minha semalhança com o músico Lobão. Confiram comigo no replay. Confira ainda na câmera invertida.
Bem, eu não concordo!!! hauhauauha

domingo, 18 de outubro de 2009

Visita de Nantes com o BDA

Ainda na seqüência de eventos para integração da galera, chega a vez da visita oficial de Nantes. Tivemos há um tempo atrás uma rápida visita do centro da cidade, agora é a vez da visita de verdade. Nos encontramos no lugar marcado, na hora marcada, pra receber mais uma vez um maldito envelope que não sabíamos pra que servia. Antes de abrir o envelope, recebemos algumas informações: cada equipe teria que visitar alguns pontos da cidade decifrando enigmas em cartas que encontraríamos pela cidade, mas teríamos também alguma dificuldade imposta pela organização para atrapalhar a viagem, e por último, teríamos que tirar fotos especiais em cada trajeto. O nosso "handcap" era carregar 12 garrafas de 1,5L de água e não podíamos abrí-las. Bem, vamos ao envelope: havia um papel que nos mandava ir à Cathédrale Saint Pierre et Saint Paul. A catedral de estilo gótico (arquitetura mais foda que existe) demorou 457 anos para ficar pronta (1434 a 1891) e tem como principal atração turística a tumba do duque François II e sua esposa, Marguerite de Foix. Começava aí a visita.


Chegando lá encontramos o segundo envelope, com um enigma que envolvia elefantes. Fomos então ao Machines de l'Île, ateliê de um grupo de teatro conhecido por utilizar algumas marionetes um tanto quanto incomuns. No caso, o ponto a ser visitado era o Eléphant. A foto talvez explique porque eu disse "incomuns".


O elefante é a principal atração do ateliê e um dos pontos mais visitados de Nantes. É possível entrar no brinquedo para um passeio (sim, ele anda) ou até mesmo tomar um banho. Em algum lugar por alí encontramos membros da equipe de organização que nos deram mais um envelope após uma coreografia ridícula. Detalhe importante, esse envelope só deveria ser aberto num lugar redondo com uma fonte. Fomos direto pra Place Royale, uma praça bem no centro da cidade. Chegando lá nos deparamos com a fonte, linda.


A fonte foi construída em 1865 e simboliza a vocação marítima e fluvial da cidade. No primeiro andar, estão 3 pedestais com esculturas que simbolizam os principais rios de Nantes, o Loire e seus afluentes, Erdre e Sèvre. Em seu ponto mais alto, há uma escultura alegórica da cidade de Nantes, uma mulher apontando para o céu. Olhando em volta da estátua, num relance, eu avistei uma pessoa sentada na sacada de sua humilde morada de frente para a maravilhosa praça, admirando calmamente as pessoas que por lá andavam (observem, ele está logo à direita da estátua). Como minha cabeça só serve pra coisas que não são importantes, não levei dois segundos pra esquecer o trabalho e engenhoquei um jeito de tirar essa foto =D
Ainda na seqüência, eu e outro brasileiro do grupo tiramos a foto finalista do concurso.
Ao retornar à equipe, descobri que tínhamos perdido nosso envelope e não tínhamos mais pra onde ir. Ligamos então para a organização e conversamos com as outras equipes. Fim das contas: começa a busca por um Pub Irlandês. Seria simples se não houvesse 321678 pubs irlandeses na cidade. Sabe-se lá como, achamos. A dona do estabelecimento nos deu apenas um pacote de biscoito, o que nos levou à fábrica de biscoitos LU.


O delicioso prédio em forma de croissant foi construído em 1886 "por uma dinastia de padeiros: os Lefèvre-Utile" (extrato do site oficial). Dinastia de padeiros só pode ser sacanagem. Enfim, atualmente a fabrica está desativada e a construção é algo como uma Cobal mais chique. Por lá, mais fotos esdrúxulas e uma competição: 2 equipes deveriam comer 3 biscoitos Petit LU no menor tempo possível. O biscoito lembra um cream cracker mais é um pouco mais gordinho. Nossa equipe foi representada por Angelo Bezerra Modolo, que não só venceu a outra equipe como foi o primeiro lugar geral na competição de Petit LU.



Próxima parada, Château des Ducs de Bretagne. O castelo atual foi construído no século XV, pelo duque François II, que cismou que o castelo tinha que ser alí e demoliu o outro que tinha sido construído 200 anos antes e estava atrapalhando. Ironicamente, o tempo que o indivíduo perdeu pra demolir o castelo ao invés procurar seu próprio lugar ao sol deu origem a um fato curioso: o Castelo dos Duques da Bretanha nunca abrigou um duque em toda sua história. Sim, o rapaz morreu antes do término da construção. Nossa passagem pelo castelo foi rápida, só tivemos tempo de escalar o muro e jogar nossas 12 garrafas de água pra cima pela falta de uma escada que nos levasse aonde a organização queria que fossemos.

Última parada, passando pela Place du Cirque (foto 2), chegamos ao Museu de Belas Artes. Nada de especial a comentar por aqui. Não pudemos entrar nem fazer nada além de tirar uma foto na porta.

E aí termina o incrível passeio pela história de Nantes. Voltamos então à Residência para a eleição das fotos mais interessantes. Ganhamos 3º lugar na foto trash com a foto da fonte na Place Royale e 1º lugar na competição de Petit LU com o Angelo. Que prestasse mesmo, não ganhamos nada, então nosso prêmio não passou de um abridor de garrafas, umas caixas de fósforo e um mexedor de bebidas da PEPSI que faz barulho quando você assopra. Resumindo, não ganhamos nada além da história da cidade, tá bom ou não tá? =D

Appartathlon

Appartathlon

Quando eu disse no começo um caminhão de atividades eu quis dizer um caminhão de atividades.
Chega a hora do Appartathlon. Mais uma vez não sabemos ao certo o que fazer, sabemos que vamos ter que andar um bocado, mas só. Chegamos ao tão adorado Hall L, local onde começam todas as atividades. Lá encontramos uma equipe numa mesa com papéis. Inscrevemos nossa equipe, pegamos um papel e começamos a ler. Era uma lista com os endereços de alguns veteranos. Devíamos ir visitá-los, mas não necessariamente nós os conhecíamos, essa é a idéia. Maravilha, pegamos o tram e lá fomos nós. (esqueci de dizer que aqui tem um trem que circula pela cidade).
Com o endereço em mãos e a ajuda de um mapa chegamos à casa dos primeiros veteranos, que nos aguardavam cheios de bebidas. Comecei a entender a idéia da brincadeira. Consegui ficar no suco de laranja e tomar só um shot de tequila (que é a única bebida que eu gosto). Nada de muito especial aqui. Fomos então para o segundo lugar, uma casa com um ar meio oriental, tínhamos que largar os sapatos do lado de fora e sentar no chão. A bebida já tinha acabado, conversamos até a chegada do próximo grupo. Na saída começou a sacanagem, alguém jogou um tênis pela escada. Foi o suficiente pra começar a competição de quem jogava o tênis dos outros no andar mais baixo. Venceu o cara que consegui fazer o tênis parar em cima do corrimão, mesmo não tendo sido o mais baixo. Eu consegui colocar os meus dois tênis no mesmo andar, um do lado do outro, alinhados e encostados na parede =P
Ninguém conseguiu ir até o térreo.

Terceiro lugar, casa de uma brasileira. Mais bebida, já começávamos a encontrar uns grupos bêbados meio perdidos e eu começava a sentir falta do meu fiel Guaraná.
Por último fomos no lugar mais legal, uma construção que parecia um castelo. Na casa, mais bebidas. Resolvi provar Curaçao, nunca tinha tomado e nunca mais vou tomar, mais uma pra lista de bebidas que eu não gosto (novidade). Ah sim, uma novidade, uma máquina reprográfica (vulgo xerox) pra copiar partes do corpo com mensagens escritas e pendurar na parede da sala. Seguindo a lógica local, tinha uma coleção de bundas. Teve um brasileiro só que fez uma bandeira do Brasil no peito. E foi isso, deu a hora do útlimo tram e nós fomos pra casa pra não termos que encarar 1h a pé =D

sábado, 10 de outubro de 2009

WEI

WEI

Eis que chega o grande dia, sexta-feira 11 de setembro. Começa o tão esperado Weekend d'Intégration. O evento contou com a presença de quase 400 pessoas, entre eles todos os EI1 (Elèves Ingénieurs 1ere année = alunos de engenharia do 1º ano) e alguns EI2 e EI3. O destino era Seignosse, uma cidade no litoral sul da frança, poucos quilômetros da divisa com a Espanha. Fomos em 6 ôniubs lotados, cada um liderado por um bureau da école: BDE1, BDE2, BDS, BDA, WEI e Fanfrale.



Fui no ônibus do BDA, no qual era proibido dormir. Os ônibus saíram da école 1h da manhã, o que, nessa semana, já era motivo mais do que suficiente pra eu querer dormir. Pra piorar a minha vida, por uma ironia do destino, eu estava tomando um anti-inflamatório pro meu dedo machucado que me dava sono. Considerando que ficamos 7h no ônibus, digamos que a viagem tenha sido algo estressante. Eu não conseguia prestar atenção em muita coisa e também não entendia muito bem o que eles falavam. Entre as cosias que eu consegui entender estão a "Barrage de Culs" e o concurso de Miss e Mister Bus. A Barrage de Culs é simples, sempre que ultrapassávamos um ônibus ou uma algomeração de pessoas na rua surgia um grito "Barrage de Culs à droite" (ou à gauche) e então todos os homens sentados na janela do lado em questão deviam abaixar as calças e colar a bunda na janela. Felizmente isso não aconteceu do meu lado do ônibus. O concurso de Miss Bus consistia num concurso de piada e dança com fone de ouvido. Já o Mister Bus devia atravessar o ônibus deitado no chão com as mãos nas costas e depois comer 3 biscoitos de maizena em 30s. O resto do tempo eu passei viajando e não prestei atenção em nada que falaram.

Enfim, terra


Chegamos ao tão misterioso lugar. Parecia uma colônia de férias, na beira da praia, maravilhoso. Assim que chegamos, descarregamos nossas coisas e fomos direto pra praia. Me senti muito paulista chegando com 400 cabeças na praia, mas tá valendo. A praia era espetacular, não devia nada pras praias do Brasil, a água era gelada, as ondas eram boas, o sol tava forte e...caralho!!!! 400 pessoas entrando na água juntas. Inesquecível eu ensinando 2 franceses e uma russa a pegar onda, e que onda, dava pra chegar até a areia fácil. Demais. De repente vem um salva-vidas: "(francês)......SAI DA ÁGUA......(francês)". A corrente tinha virado e tínhamos que ir pro outro lado da praia. E lá íam 400 cabeças como na marcha do pinguins pro outro lado da praia. Chegando lá tinha o almoço já nos esperando. Depois do almoço começaram as competições. Cabo de guerra, volei, futebol, corrida com obstáculos na areia molhada e eu com o pé machucado não pude fazer nada. Só pude participar do campeonato de castelos de areia, que terminou em empate porque os organizadores esqueceram de pensar num jeito de medir a altura dos castelos, afinal, não é todo dia que se encontra uma régua na praia. Fim das competições de praia, voltamos à colônia de férias (tinha uma barraca de comida do evento no caminho, no meio da rua).


Chegando lá....que é aquilo?! É uma máquina que cospe litros e litros de espuma de sabão em pó como da vez que eu exagerei no sabão na máquina de lavar? Sim, era a Soirée Mousse, um DJ que tocava música e pessoas que dançavam debaixo de espuma de sabão (não era como a festa de espuma que conhecemos no Brasil, era sabão mesmo e eu digo porque comi algumas vezes). Foi uma das coisas mais divertidas do WEI. Terminada a Soirée Mousse, piscina. Todo mundo calmo na piscina, relaxando, quando chegam os brasileiros. Não foram 3min pra começar o campeonato de saltos ornamentais organizado por mim e pelo Benin. Pude então mostrar a beleza do meu mortal pra trás aberto com meia pirueta lateral caindo de barriga completamente desnorteado e sem saber onde estava a água e o que era pra cima e o que era pra baixo. Comentário breve: machuquei o dedo de novo. Bem, chegamos então à hora do jantar, salão lotado, 400 pessoas comendo. Estrategicamente os EI2 e EI3 sentaram todos de um lado do salão. Foram uns 10min de paz, até que alguém puxou o tradicional grito de guerra: "Les EI1 sont des petits garçons!" O objetivo agora que responder "Les EI2 sont des petits garçons!" até que um grupo canse e se renda.



Como era de se esperar, os 330 EI1 venceram e, como era de esperar, os vencedores se dão o direito de fazer um Allouete para um sortudo integrante do grupo perdedor (lembra do Allouete? Tudo acaba em Allouete. É como a pizza no Brasil) As 2 horas que se seguiram foram regadas de vinho e cantoria e eu não entendia absolutamente nada. Só consegui entender:
"(francês).....Buvons!!!!!Buvooooooooooooooons!!!!!....(francês)", ou seja, "Bebaaaamos!!!! Bebaaaaaaaaaaaaaaamos!!!!" Como não gosto de vinho brindei com água mesmo, importante era cantar. E a outra era realmente uma poesia:

J'étais soul hier soir
Je suis soul ce soir
Et se tout va bien
Je serais soul demain matin

Eu estava bêbado ontem à noite
Eu estou estou hoje à noite
Se tudo correr bem
Estarei bêbado amanhã de manhã

Métrica perfeita e rima AABB combinando "bien" com "matin" e "soir" com "soir". Lindo.

Após o jantar ocorreu a eleição de Miss e Mister WEI, venceram um francês e uma russa.
Daí seguiu-se uma soirée até tarde da madrugada. Acabei indo embora quando um amigo bêbado revoltado resolveu que ia atravessar a floresta pra voltar pro quarto sozinho. Foi seguido por outro amigo bêbado e eu resolvi acompanhá-los porque fiquei preocupado. Infelizmente eles saíram correndo no meio do caminho e eu me recusei a correr atrás. No meio da minha busca achei o Rodrigo com a..então, prosseguindo, achei um deles no meio do mato, quase em casa, tá entregue. O outro eu só ví na noite do dia seguinte.

Segundo Dia

Café da manhã sem comentários especiais. Pela tarde futebol de sabão, paintball e campeonato de deslizamento de barriga no corredor de plástico inflável molhado. Dedo machucado? Quem tá com o dedo machucado? Esqueci do meu dedo e fui aproveitar. Primeiro o deslizamento de barriga, logicamente quanto menos roupa melhor pra deslizar, portanto fiquei só de sunga, não entendi porque virei a atração do brinquedo e todo mundo torcia pra mim o.O
Bem, infelizmente essa coisa de "quanto menos roupa melhor" é sempre levada a sério aqui na França e logo apareceram pessoas com a sunga do Borat pra deslizar e, claro, não demorou muito pra que começassem a pular pelados. Hora de ir pro paintball. 4 pessoas pra cada lado, campo pequeno e com árvores. Ganhamos a primeira partida sem perder nenhum homem. A segunda ficaram 3 inimigos contra mim. E eu atrás da árvore. Olhei pra um lado, achei um deles. Olhei pro outro, achei os outros 2. Me distraí um pouco e logo ví uma bala vindo na minha direção a 240km/h, baixei o Neo e desviei da bala no maior estilo Matrix. Voltei pra trás da árvore. Vou no cara que tá sozinho primeiro. Coloquei a arma pra fora (ui) e dei um tiro. O cara se escondeu, perfeito. Botei a cara pra fora e olhei, quando ele subiu descarreguei a arma nele. Errei todos os tiros. Daí incorporei o soldado Rian. Quando o cara levantou a cabeça levou um tiro no olho. 2 contra 1. Virei pro outro lado, enquadrei o elemento e larguei o dedo, depois de uns 15 disparos vazios eu percebi que tava sem bala. É, perdi. Aí nas outras duas partidas eu fiz a parada mais irada, tive que ser kamikaze, pois acabei com as minhas balas em 2 partidas hehehe
Depois do paintball, fomos pro futebol de sabão e depois pro campeonato de pintar bandeiras pros ônibus. Nada de muito interessante por aqui. O jantar divertidíssimo como no primeiro dia. Na saída um carro com um megafone anunica: "Todos no salão principal com camisas brancas". Como sempre, ninguém sabia o que tava acontecendo, mas todos seguimos a instrução. Chegando ao lugar indicado, recebemos um papel. Um contrato na verdade. Tinha o nome de uma pessoa, que devíamos procurar e eliminar. Daí pegaríamos o seu contrato e a matança continuaria. Pra isso recebemos também uma pistola de água e as camisas brancas estavam explicadas. Não matei ninguém. Sou ruim. Só fiquei com a arminha me divertindo por aí que nem uma criança.
Bem, depois tivemos mais uma etapa da competição entre os ônibus, com a apresentação das bandeiras e de coreografias. Não tava muito na pegada esse dia e fui dormir cedo.

A viagem de volta

Dei uma de burro e tomei o maldito do remédio que dá sono de novo antes de viajar, mas pra minha sorte a viagem foi de dia, eu tinha dormido bem no dia anterior e o animador de torcida no ônibus era mais legal que o da ida. Tivemos brincadeiras super sexys como passar o biscoito com a boca, tivemos show do milhão com direito à famosíssima pergunta que eu me supreendi de ouvir na França: "O que faz o seringueiro?" "Tira leite do pau" Cara, como isso chegou até aqui???? Detalhe, não existem seringueiros na França, eles disseram "Pergunta do Brasil agora" antes de mandar isso. Só digo uma coisa: irado! Destaque também pra parada pra comer. Saímos, comemos e quando voltamos tinha uma teia de durex no teto do ônibus e uma garota presa na teia. O corredor era extremamente apertado e todos tinham que rastejar por baixo dela enquanto cantavam a canção do homem-aranha.
Na chegada à école, batemos o recorde de uma brincadeira que foi repetida por cada rotatória no meio da viagem: "Le Tour". É simples, quando o ônibus entra numa rotatória todos devem começar a cantar:
Un tour chocho!! (chocho é o choffeur, vulgo piloto)
Un tour chocho, un tour chocho, un tour chocho!!
Un tour chocho, un tour chocho, un tour chocho!!
Depois:
Deux tours chocho!!
Deux tours chocho, deux tours chocho, deux tours chocho!!
Deux tours chocho, deux tours chocho, deux tours chocho!!
E por aí vai. A música continua a critério do motorista e sua paciência pra divertir 40 idiotas enquanto dá voltas numa rotatória. Conseguimos 5. Ao que me parece todos os ônibus fizeram 4 ou 5, mas reza a lenda que o recorde foi 47.

E terminava aí o melhor WEI dos últimos 2 anos, segundo os veternos, e uma das melhores viagens da vida de muita gente, inclusive eu.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Enfim, NANTES

Nantes

6h30 da manhã, após 9h num trem não muito agradável, quente e sem janelas, mas pagando bem barato, surge a plaquinha "Nantes". Chegamos. A essa altura minha mala de rodinha já tinha quebrado e estávamos (eu e Flávio) sofrendo um pouco pra carregar aos coisas. Logo encontramos com um veterano e deixamos as malas na casa dele. Residência só às 18h, então tinhamos que ocupar o dia com as coisas mais imediatas e importantes. Decidimos sentar num bar pra tomar uma Heineken com batata frita e depois fomos no estádio no FCNantes comprar uma camisa oficial do time local. Feito isso e considerando as pausas pra conversar e o ônibus que pegamos pro lado errado, fomos pra casa às 18h30.

O apartamento é bem legal, pra três pessoas. Cozinha e banheiro conjuntos e o quarto com cama, mesa e sala de banho (sim, separada do banheiro) individuais. É razoavelmente espaçoso e confortável, só faltava uma coisa que eu iria descobrir naquela noite do pior jeito possível: um cobertor. Uma ida ao mercado pra comprar as coisas essenciais e estava finalmente abrigado no lugar onde vou passar meu primeiro ano na França: Residence Max Schmitt, no campus da École Centrale de Nantes. Começava uma das semanas mais incríveis da minha vida.

No primeiro dia, após a entrega das chaves, um churrasco organizado pelos veteranos com a famigerada linguiça com a qual eu já me acostumei. Nessa primeira semana, de aula, tivemos só um pouco de francês e uma introdução ao vocabulário de matemática. Só. Agora uma breve passada pelos meus colegas estrangeiros: temos brasileiros a rodo, chineses também (já consegui decorar o nome de dois), 2 mexicanos e 1 chileno muuuuuuuuito loucos, mas muito gente boa, 2 japoneses malucos por bicicleta, um deles fez o caminho Vichy-Nantes de bicicleta e essa semana foi a Paris e voltou, e pra fechar uma menina húngara e 2 russos. Uma galera muito amigável e interessante.

Fora as aulas, tínhamos um caminhão de atividades organizadas pelos veteranos. A primeira foi a visita do centro da cidade com o BDE (Bureau des Elèves - Associação de estudantes responsável pela integração dos alunos). Na foto: Église Saint-Croix. Choveu um pouco, então a visita foi abreviada. Depois fomos com uns caras do BDS (Bureau des Sports) comer crepe. É um dos programas padrão da cidade, tem creperia em todo canto, mas são um pouco caras. Só não tem mais creperia do que Kebab. Por fim, demos um pulo na casa de um veterano brasileiro, grande Benin, pra pegar umas tralhas que foram doadas pelos brasileiros que voltaram esse ano ao Brasil.



Comentário breve e isolado. Num dos dias em que fui ao centro resolver uma parte das enormes burocracias francesas, encontrei uma menina que fazia aniversário no dia do trote da universidade, que sorte não? Coisas idiotas que eu não consigo perder, paguei 2euros pra jogar uma torta na menina.



Em algum lugar no tempo por aqui ocorreu também o Barbecue Brésilien, no qual comemos carne de verdade pela primeira vez e jogamos futebol. Eu, que tinha acabado de contratar o seguro saúde e não tinha nem o número provisório ainda, consegui uma luxação no dedão do pé esquerdo, o mesmo que já tinha quebrado 4 anos atrás. Por hora eu sou o único aluno a passar pela enfermaria e já o fiz 3 vezes. (cometário: acabo de ouvir de um francês: "Fui na enfermaria hoje marcar minha visita médica obrigatória e comentei que morava junto com um brasileiro, Thiago. Ela disse: "Ah, Monsieur Santana Leal? Já o conheço bem."" ¬¬). Enfim, acabei no hospital, mas como dizem por aqui, c'est pas grave!

Até então, éramos ainda só estrangeiros. Foi nessa semana que começaram a chegar os franceses. Meus "colocs" (dois franceses que dividem o ap comigo) chegaram dois dias depois. Jérémy e Adrian, dois caras bem tranquilos e organizados, parece que dei sorte. Agora a promotion estava completa: 330 alunos de engenharia, dos quais uns 12% estrangeiros. Começava a rentrée oficial. Tivemos uma cerimônia de recepção, onde tivemos que nos apresentar para toda a promo (tenso hehehe). Ainda não tínhamos aula, só palestras, apresentações e soirées. Era a Semaine d'Intégration, hora de conhecer a galera. Nós brasileiros temos que ter o cuidado de não nos fecharmos em grupos só nossos, é bem fácil ficar aqui sem falar francês. Era a hora de meter a cara e sair puxando papo com os franceses. Pra minha surpresa, deu mais certo do que eu imaginava, eles são bem receptivos, diferente do que eu ouvia no Brasil.

Pausa pra ir ao banheiro e tomar um café.

Soirrée de Parrainage

Ainda na Semaine d'Intégration, tivemos a Soirée de Parrainage.
De início recebemos apenas um formulário meio secreto e mal explicado no qual tínhamos que responder questões de múltipla escolha sobre nós e no fim escolher entre Angelina Jolie, Marlon Brando, um nerd, uma personal trainer ou uma vaca. Mais tarde isso seria usado para escolher nossos parrains (padrinhos). Na verdade os parrains não servem pra nada além de desculpa pra fazer mais festa.

Finalmente chega a Soirée de Parrainage, tão bem explicada quanto o formulário. Chegamos sem saber bem o que devíamos fazer e nos deparamos com vários objetos jogados no chão. Nomes, havia nomes nos objetos. Começou então uma caçada bizonha: 330 pessoas buscando 1 objeto entre 330. Lá fui atrás do meu. Só não tinha parado pra pensar ainda no passo seguinte, achei uma travesseiro com o meu nome...e? Esse objeto era um enigma para que eu pudesse encontrar o meu parrain. No meu caso era um travesseiro, oreilleur em francês, que fazia um trocadilho com "O" Reillé, ou "O" riscado, em português. Lá está, devia achar alguém com um O riscado. Levei quase 1h pra entender o enigma e achar a pessoa, mas achei. Houve um pequeno engano e acabei com 2 parrains e uma co-fillote (co-afilhada). Por mim, ótimo, mais gente pra enturmar. Depois disso, mais um tradicional churrasco com a maldita da linguiça e voltei pra casa morrendo de sono, já faz mais de 2 semanas que eu não durmo mais de 5h.


Aula Trote

Quinta-feira chegando, já tinha meu material de estudo em mãos, minha polycopies (apostilas de aula), meu cartão magnético pras portas e minha carteira de estudante. Tudo pronto pra começar a tão "inesperada" aula trote. Lógico que eu cheguei atrasado e perdi a aula, entrei junto com a galera do trote. Tivemos apresentações do BDE, BDS e BDA (Bureau des Arts) e da Fanfrale (um grupo de música da École, você vai ouvir falar bastante da Fanfrale por aqui). Ah lógico, quase esqueci, cada grupo que entrava recebia um Allouete. É uma brincadeira extremamente difundida por aqui, baseada numa canção infantil onde o narrador tira partes do corpo de uma criança, como fazemos com nossos sobrinhos ao brincar de tirar o nariz e as orelhas e guardar no bolso. A parte triste é que eles corromperam a linda cantiga infantil substituindo partes do corpo por peças de roupa. Sim, eles vão até o fim e fazem isso o tempo todo. Enfim....

Semana terminando e eu estava impressionado com a quantidade de tradições que tem a École e com a receptivadade dos veteranos. É incrível o trabalho que eles têm pra organizar eventos de integração e como eles são abertos e sempre dispostos a nos ajudar, bem diferente do que vemos no Brasil =/
Nessa semana conheci um pouco da cidade, bastante da École, fui a festas e eventos de integração todos os dias, cada um com um tema diferente e agora sim podia dizer com toda a certeza que estava muito satisfeito de ter conseguido vir parar nesse lugar. E a integração estava só começando...

Fim de post, hora da preparação para o WEI (Weekend d'Intégration). O evento mais esperado da rentrée: 3 dias numa praia espetacular num lugar secreto. Tão secreto que nem depois de chegarmos nós sabíamos onde estávamos (e olha que tínhamos GPS).

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Grenoble - primeira fase

Sexta-feira:
Brasília - "Atenção, você vai viajar domingo!!!"
Thiago - "PORRA, COMO ASSIM!?!!?"
Começa a correria: 3 dias pra ir a Teresópolis, Petrópolis e arrumar as malas. Sim, eu consegui colocar 61kg de bagagem em duas malas de 23kg e é por isso que eu faço engenharia =P
E vamosimbora...

Grenoble

Após 22h de viagem de avião (900km/h LOL), TGV (300km/h lol), trem (100km/h ¬¬) e taxi (30km/h...) eis que surge Thiago Leal a pé com 61kg de bagagem nas costas (2h/km) no accueil da Residence Ouest, no campus da Universidade de Stendhal em Grenoble. Largadas as malas no meu quarto fui caminhar pela cidade e aproveitar o sol das 19h30. Foi então que me dei conta de que a cidade estava fechada, claro, eu estava numa cidade universitária em férias, por que alguma coisa estaria aberta??? Maravilha, passei então 2 dias sozinho e sem dar notícias de que tinha chegado bem. Foi um pouco estressante, mas eu sobrevivi.
Enfim, ao que interessa. Foi aqui que fiz 3 semanas de curso de francês para estrangeiros. Fiquei numa sala com mais 1 brasileiro, 2 turcos e 7 chineses. A experiência de viver numa residência com pessoas do mundo todo falando francês commençait a me faire plaisir. É realmente incrível. Coisas do tipo: toctoc, quem é? Uma italiana que eu nunca ví convidando o corredor inteiro pro aniversário de um alemão. Conheci gente até da Bosnia-Herzegovina e Guinébissau, países que eu sempre conquistava no WAR e que já foram meu endereço no profile do ICQ. Aprendi palavrões em italiano, algumas palavras em alemão, um pouco de chinês e também a escrever Mohamed em árabe. Ah sim, aprendi um pouco de francês também.
Bem, de curso mesmo eram só 4h por dia, as outras 20h eram lotadas de atividades organizadas pela comissão de eventos (3 garotas que pareciam ter vindo uma fazenda de café regado com redbull). Entre as atividades, campeonato de futebol, bocha, a Soirée Internacionale (onde nós fazíamos os shows), a Soirée des Adieux e os passeios matinais que eu perdi porque meu celular não foi capaz de vencer meu sono e o fuso horário de 5h.

Campeonato de futebol - regra de última hora: proibido time de brasileiros, porque eram 3 (sim, bizarro, eu acabara de descobrir que tinha mais brasileiro que chinês). Meu time acabou ficando com 2 cariocas, 2 paulistas, 2 alemães, 1 escocês, 2 turcos e 2 italianos. Ficamos em segundo e ganhamos uma medalha comestível.

Soirée Internacionale - destaque para o rapaz que virou o JackJohnson, a peça que não fez sentido nenhum pra mim, minhas participações especiais na peça dos sons, Parabéns pra Você e, é claro, Ça Fais Rire Les Oiseaux, música bizarra interpretada pelas 3 garotas.


Soirée des Adieux - música, nada de especial a comentar.

Bois Français (vulgo "lago") - o lugar mais lindo que eu conheci em Grenoble. Trata-se de um lago no pé das belíssimas montanhas que circundam a cidaee, também conhecidas como Alpes. Uma paisagem maravilhosa e relaxante que só existe no verão. No inverno o lago congela e é fechado ao público. Aproveitei para tirar algumas das fotos mais sensacionais que eu já tirei. A primeira é o atual papel de parede do meu computador.




Organizamos também um luau e um churrasco brasileiro com carne francesa. O luau foi muito bom, mas o churrasco, meu amigo, que merda. Eramos mais de 30 esfomeados. Quando chegamos ao local do churrasco nos mostram uma churrasqueira de 50cm de diâmetro e dois sacos de uma linguiça horrível e sem gosto que, infelizmente, eu já me acostumei a comer. A carne até que era boa, mas quase perdi um braço na briga por uma fatia. Mas o que vale é a diversão, já que somos todos engenheiros já acostumados
a viver sem comer e dormir.

E por aqui acaba o primeiro capítulo da história. Deixo pra trás minha morada provisória, onde passei 3 semanas apenas com uma faca e uma colher, comendo pão com geléia e queijo brie e bebendo suco de laranja com chocolate lindt pra sobremesa. Ê vida mais ou menos =P
Volto lá nas férias de inverno, pra rever a galera do curso e esquiar nos Alpes Grenobleanos, podem apostar. Mas agora é hora de juntar os 61kg e partir rumo ao destino final: Nantes