Nantes
6h30 da manhã, após 9h num trem não muito agradável, quente e sem janelas, mas pagando bem barato, surge a plaquinha "Nantes". Chegamos. A essa altura minha mala de rodinha já tinha quebrado e estávamos (eu e Flávio) sofrendo um pouco pra carregar aos coisas. Logo encontramos com um veterano e deixamos as malas na casa dele. Residência só às 18h, então tinhamos que ocupar o dia com as coisas mais imediatas e importantes. Decidimos sentar num bar pra tomar uma Heineken com batata frita e depois fomos no estádio no FCNantes comprar uma camisa oficial do time local. Feito isso e considerando as pausas pra conversar e o ônibus que pegamos pro lado errado, fomos pra casa às 18h30.
O apartamento é bem legal, pra três pessoas. Cozinha e banheiro conjuntos e o quarto com cama, mesa e sala de banho (sim, separada do banheiro) individuais. É razoavelmente espaçoso e confortável, só faltava uma coisa que eu iria descobrir naquela noite do pior jeito possível: um cobertor. Uma ida ao mercado pra comprar as coisas essenciais e estava finalmente abrigado no lugar onde vou passar meu primeiro ano na França: Residence Max Schmitt, no campus da École Centrale de Nantes. Começava uma das semanas mais incríveis da minha vida.
No primeiro dia, após a entrega das chaves, um churrasco organizado pelos veteranos com a famigerada linguiça com a qual eu já me acostumei. Nessa primeira semana, de aula, tivemos só um pouco de francês e uma introdução ao vocabulário de matemática. Só. Agora uma breve passada pelos meus colegas estrangeiros: temos brasileiros a rodo, chineses também (já consegui decorar o nome de dois), 2 mexicanos e 1 chileno muuuuuuuuito loucos, mas muito gente boa, 2 japoneses malucos por bicicleta, um deles fez o caminho Vichy-Nantes de bicicleta e essa semana foi a Paris e voltou, e pra fechar uma menina húngara e 2 russos. Uma galera muito amigável e interessante.
Fora as aulas, tínhamos um caminhão de atividades organizadas pelos veteranos. A primeira foi a visita do centro da cidade com o BDE (Bureau des Elèves - Associação de estudantes responsável pela integração dos alunos). Na foto: Église Saint-Croix. Choveu um pouco, então a visita foi abreviada. Depois fomos com uns caras do BDS (Bureau des Sports) comer crepe. É um dos programas padrão da cidade, tem creperia em todo canto, mas são um pouco caras. Só não tem mais creperia do que Kebab. Por fim, demos um pulo na casa de um veterano brasileiro, grande Benin, pra pegar umas tralhas que foram doadas pelos brasileiros que voltaram esse ano ao Brasil.
Comentário breve e isolado. Num dos dias em que fui ao centro resolver uma parte das enormes burocracias francesas, encontrei uma menina que fazia aniversário no dia do trote da universidade, que sorte não? Coisas idiotas que eu não consigo perder, paguei 2euros pra jogar uma torta na menina.
6h30 da manhã, após 9h num trem não muito agradável, quente e sem janelas, mas pagando bem barato, surge a plaquinha "Nantes". Chegamos. A essa altura minha mala de rodinha já tinha quebrado e estávamos (eu e Flávio) sofrendo um pouco pra carregar aos coisas. Logo encontramos com um veterano e deixamos as malas na casa dele. Residência só às 18h, então tinhamos que ocupar o dia com as coisas mais imediatas e importantes. Decidimos sentar num bar pra tomar uma Heineken com batata frita e depois fomos no estádio no FCNantes comprar uma camisa oficial do time local. Feito isso e considerando as pausas pra conversar e o ônibus que pegamos pro lado errado, fomos pra casa às 18h30.
O apartamento é bem legal, pra três pessoas. Cozinha e banheiro conjuntos e o quarto com cama, mesa e sala de banho (sim, separada do banheiro) individuais. É razoavelmente espaçoso e confortável, só faltava uma coisa que eu iria descobrir naquela noite do pior jeito possível: um cobertor. Uma ida ao mercado pra comprar as coisas essenciais e estava finalmente abrigado no lugar onde vou passar meu primeiro ano na França: Residence Max Schmitt, no campus da École Centrale de Nantes. Começava uma das semanas mais incríveis da minha vida.
No primeiro dia, após a entrega das chaves, um churrasco organizado pelos veteranos com a famigerada linguiça com a qual eu já me acostumei. Nessa primeira semana, de aula, tivemos só um pouco de francês e uma introdução ao vocabulário de matemática. Só. Agora uma breve passada pelos meus colegas estrangeiros: temos brasileiros a rodo, chineses também (já consegui decorar o nome de dois), 2 mexicanos e 1 chileno muuuuuuuuito loucos, mas muito gente boa, 2 japoneses malucos por bicicleta, um deles fez o caminho Vichy-Nantes de bicicleta e essa semana foi a Paris e voltou, e pra fechar uma menina húngara e 2 russos. Uma galera muito amigável e interessante.
Fora as aulas, tínhamos um caminhão de atividades organizadas pelos veteranos. A primeira foi a visita do centro da cidade com o BDE (Bureau des Elèves - Associação de estudantes responsável pela integração dos alunos). Na foto: Église Saint-Croix. Choveu um pouco, então a visita foi abreviada. Depois fomos com uns caras do BDS (Bureau des Sports) comer crepe. É um dos programas padrão da cidade, tem creperia em todo canto, mas são um pouco caras. Só não tem mais creperia do que Kebab. Por fim, demos um pulo na casa de um veterano brasileiro, grande Benin, pra pegar umas tralhas que foram doadas pelos brasileiros que voltaram esse ano ao Brasil.
Comentário breve e isolado. Num dos dias em que fui ao centro resolver uma parte das enormes burocracias francesas, encontrei uma menina que fazia aniversário no dia do trote da universidade, que sorte não? Coisas idiotas que eu não consigo perder, paguei 2euros pra jogar uma torta na menina.
Em algum lugar no tempo por aqui ocorreu também o Barbecue Brésilien, no qual comemos carne de verdade pela primeira vez e jogamos futebol. Eu, que tinha acabado de contratar o seguro saúde e não tinha nem o número provisório ainda, consegui uma luxação no dedão do pé esquerdo, o mesmo que já tinha quebrado 4 anos atrás. Por hora eu sou o único aluno a passar pela enfermaria e já o fiz 3 vezes. (cometário: acabo de ouvir de um francês: "Fui na enfermaria hoje marcar minha visita médica obrigatória e comentei que morava junto com um brasileiro, Thiago. Ela disse: "Ah, Monsieur Santana Leal? Já o conheço bem."" ¬¬). Enfim, acabei no hospital, mas como dizem por aqui, c'est pas grave!
Até então, éramos ainda só estrangeiros. Foi nessa semana que começaram a chegar os franceses. Meus "colocs" (dois franceses que dividem o ap comigo) chegaram dois dias depois. Jérémy e Adrian, dois caras bem tranquilos e organizados, parece que dei sorte. Agora a promotion estava completa: 330 alunos de engenharia, dos quais uns 12% estrangeiros. Começava a rentrée oficial. Tivemos uma cerimônia de recepção, onde tivemos que nos apresentar para toda a promo (tenso hehehe). Ainda não tínhamos aula, só palestras, apresentações e soirées. Era a Semaine d'Intégration, hora de conhecer a galera. Nós brasileiros temos que ter o cuidado de não nos fecharmos em grupos só nossos, é bem fácil ficar aqui sem falar francês. Era a hora de meter a cara e sair puxando papo com os franceses. Pra minha surpresa, deu mais certo do que eu imaginava, eles são bem receptivos, diferente do que eu ouvia no Brasil.
Pausa pra ir ao banheiro e tomar um café.
Soirrée de Parrainage
Ainda na Semaine d'Intégration, tivemos a Soirée de Parrainage.
De início recebemos apenas um formulário meio secreto e mal explicado no qual tínhamos que responder questões de múltipla escolha sobre nós e no fim escolher entre Angelina Jolie, Marlon Brando, um nerd, uma personal trainer ou uma vaca. Mais tarde isso seria usado para escolher nossos parrains (padrinhos). Na verdade os parrains não servem pra nada além de desculpa pra fazer mais festa.
Finalmente chega a Soirée de Parrainage, tão bem explicada quanto o formulário. Chegamos sem saber bem o que devíamos fazer e nos deparamos com vários objetos jogados no chão. Nomes, havia nomes nos objetos. Começou então uma caçada bizonha: 330 pessoas buscando 1 objeto entre 330. Lá fui atrás do meu. Só não tinha parado pra pensar ainda no passo seguinte, achei uma travesseiro com o meu nome...e? Esse objeto era um enigma para que eu pudesse encontrar o meu parrain. No meu caso era um travesseiro, oreilleur em francês, que fazia um trocadilho com "O" Reillé, ou "O" riscado, em português. Lá está, devia achar alguém com um O riscado. Levei quase 1h pra entender o enigma e achar a pessoa, mas achei. Houve um pequeno engano e acabei com 2 parrains e uma co-fillote (co-afilhada). Por mim, ótimo, mais gente pra enturmar. Depois disso, mais um tradicional churrasco com a maldita da linguiça e voltei pra casa morrendo de sono, já faz mais de 2 semanas que eu não durmo mais de 5h.
Aula Trote
Quinta-feira chegando, já tinha meu material de estudo em mãos, minha polycopies (apostilas de aula), meu cartão magnético pras portas e minha carteira de estudante. Tudo pronto pra começar a tão "inesperada" aula trote. Lógico que eu cheguei atrasado e perdi a aula, entrei junto com a galera do trote. Tivemos apresentações do BDE, BDS e BDA (Bureau des Arts) e da Fanfrale (um grupo de música da École, você vai ouvir falar bastante da Fanfrale por aqui). Ah lógico, quase esqueci, cada grupo que entrava recebia um Allouete. É uma brincadeira extremamente difundida por aqui, baseada numa canção infantil onde o narrador tira partes do corpo de uma criança, como fazemos com nossos sobrinhos ao brincar de tirar o nariz e as orelhas e guardar no bolso. A parte triste é que eles corromperam a linda cantiga infantil substituindo partes do corpo por peças de roupa. Sim, eles vão até o fim e fazem isso o tempo todo. Enfim....
Semana terminando e eu estava impressionado com a quantidade de tradições que tem a École e com a receptivadade dos veteranos. É incrível o trabalho que eles têm pra organizar eventos de integração e como eles são abertos e sempre dispostos a nos ajudar, bem diferente do que vemos no Brasil =/
Nessa semana conheci um pouco da cidade, bastante da École, fui a festas e eventos de integração todos os dias, cada um com um tema diferente e agora sim podia dizer com toda a certeza que estava muito satisfeito de ter conseguido vir parar nesse lugar. E a integração estava só começando...
Fim de post, hora da preparação para o WEI (Weekend d'Intégration). O evento mais esperado da rentrée: 3 dias numa praia espetacular num lugar secreto. Tão secreto que nem depois de chegarmos nós sabíamos onde estávamos (e olha que tínhamos GPS).